É normal que crianças pequenas tenham algumas infecções ao longo do ano, como resfriados, otites ou gastroenterites. Isso faz parte do desenvolvimento do sistema imunológico. No entanto, quando as infecções se tornam muito frequentes, prolongadas ou não respondem bem aos tratamentos, é importante investigar mais a fundo. Nessas situações, o infectologista pediátrico é o especialista indicado para identificar possíveis causas e orientar o acompanhamento adequado.
Quando a frequência deixa de ser comum?
De modo geral, até 8 infecções respiratórias leves por ano podem ser esperadas em crianças em idade escolar. Mas é preciso atenção quando há:
- Episódios mensais de infecção com necessidade de antibióticos;
- Doenças que evoluem com febre persistente ou recaem logo após o tratamento;
- Infecções incomuns para a idade ou em locais menos esperados (como ossos ou pele);
- Histórico familiar de imunodeficiência ou doenças autoimunes.
O infectologista infantil pode realizar uma investigação detalhada, solicitando exames que avaliam a resposta imunológica e possíveis fatores associados — como alergias mal controladas ou doenças de base.
A importância do diagnóstico correto
Nem sempre infecções repetidas significam um problema imunológico. Mas quando há dúvida, uma avaliação especializada evita atrasos no diagnóstico de condições importantes, como imunodeficiências primárias, infecções parasitárias crônicas ou doenças autoimunes. Além disso, o infectologista pediátrico pode ajustar a prevenção, orientar esquemas vacinais específicos e acompanhar de perto a resposta ao tratamento.Se seu filho apresenta infecções frequentes ou sinais que preocupam, conversar com o pediatra e, se necessário, procurar um infectologista pediátrico pode fazer toda a diferença no cuidado e na saúde a longo prazo.
Dr. Marco Antonio Iazzetti
Infectologista pediátrico | Pediatra | Acupunturista
CRM/SP: 79060 – RQE: 46101 – RQE: 72245