Dr. Marco Antonio Iazzetti | Infectologista Pediátrico

Quando a tosse e a febre indicam algo mais sério: infecções bacterianas em crianças

Tosse que não melhora, febre que persiste por vários dias, secreção espessa e dor para engolir… Esses sintomas são comuns na infância, mas quando permanecem por muito tempo ou se repetem com frequência, podem indicar uma infecção respiratória bacteriana. Ao contrário das infecções virais, que geralmente são autolimitadas, as bacterianas exigem diagnóstico preciso e tratamento adequado — muitas vezes com antibióticos.

Identificar quando é hora de procurar um especialista pode evitar complicações e garantir uma recuperação mais rápida e segura.

Como diferenciar uma infecção viral de uma bacteriana?

Nem toda febre precisa de antibiótico, mas alguns sinais ajudam a identificar que a infecção pode ser de origem bacteriana:

  • Febre alta e persistente (mais de 72 horas)
  • Tosse com secretiva
  • Dor ao engolir ou ao respirar
  • Secreção nasal espessa com odor
  • Prostração ou piora progressiva do quadro

Esses sintomas são comuns em quadros como sinusite bacteriana, amigdalite estreptocócica, pneumonia e outras infecções respiratórias mais graves.

Quando procurar um infectologista pediátrico?

O infectologista pediátrico é o profissional indicado para avaliar casos de infecções recorrentes ou de difícil tratamento. Por meio de uma investigação mais detalhada, com exames complementares e histórico clínico, o especialista identifica a causa da infecção e orienta o uso correto dos medicamentos, evitando o uso desnecessário de antibióticos ou o agravamento do quadro.

Esse acompanhamento também é importante em crianças com histórico de infecções respiratórias frequentes, alergias ou baixa imunidade.

Como prevenir infecções respiratórias em crianças?

Além da avaliação médica, algumas medidas ajudam a evitar o agravamento e a repetição dos quadros infecciosos:

  • Manter vacinas atualizadas (inclusive gripe e pneumococo)
  • Estimular a higiene das mãos e etiqueta respiratória
  • Evitar aglomerações e locais mal ventilados em épocas de surtos
  • Cuidar da alimentação e hidratação, especialmente em dias frios
  • Evitar exposição ao frio sem agasalho adequado

Se seu filho apresenta sintomas persistentes ou infecções que não melhoram, vale conversar com o pediatra e considerar uma avaliação com um infectologista pediátrico. Mantenha sempre a consulta de rotina sempre em dia.

Dr. Marco Antonio Iazzetti
Infectologista pediátrico | Pediatra | Acupunturista
CRM/SP: 79060 – RQE: 46101 – RQE: 72245